Quando eu era jovem, achava que era um Deus, jogava com a vida como se a morte fosse uma farsa, pretendia viver sem limites, me cortava em brincadeiras só por que era divertido, já corri de inumeros cachorros por que estava em locais privados como construções, brigava na rua com pessoas que normalmente não precisaria, fazia tours pelo cemitério, entrava em tumbas e ia em locais que poucos conhecem, já poderia ter morrido mais vezes do que muitos não acreditariam, queimava sonhos no chão à meus pés, enquanto me fartava de vodka, minha linga era ferenha, e bebia a noite toda longe do olhar dos meus pais, e um a um ia de bares, lares, amigos, garrafas e copos, acordava e dizia que meu café era uma cerveja com balas, mas não era culpa dos meus pais não estarem lá, ele não me viam como era por que eu era um ator e interpretava a sobriedade de um jovem, eles não viram nada acontecer. Quando eu era jovem, não abria um livro e discutia normalmente ganhando com meus professores sempre autoritários e comunistas, era expulso de sala todo dia, mas passava no final, mais uma parte de minha farsa, quando era jovem tinha amigos, a maioria como eu, tocavamos a vida como um ritual de morte, recebia sermões de bebados na esquina, fumavamos, para logo tomarmos coqueteis de halls, quando era jovem tive experiencias inumeras que somente Deus sabe, longe dos olhares caiamos no chão, dormiamos sem saber direito onde estavamos, iamos a shows de rock não somente pela banda, mas pelas bebidas e festinhas, quando eu era jovem fiz inumeros erros, que me levaram em parte onde estou hoje, quando era jovem cometi erros, fiz coisas que somente eu sei, andei pela rua como um pária, era visto como drogado e pessoas sentiam medo de mim, era tido como nada e que nunca seria ninguém, culpavam meus pais que nada sabiam ou muito pouco que revelava, sempre fiz as pessoas acreditarem em meias verdades ou me dizerem o que queriam esconder, fazia jogos psicologicos, tudo para ter um grupo, para ter algo, conforme cresci tudo perdeu a graça, as cervejas nunca eram boas, a vodka era fraca, o whisky sempre soava mais e mais comum, batidas sempre precisam de doses a mais, uma a uma tudo o que senti na juventuda foi perdendo a graça, os amigos muitos nem sei se estão vivos, outros nunca mais falei,
e hoje esses fatos em minha memoria foram a base do que sou, ninguém sabe nem um decimo do que fiz, hoje se lerem isso saberam pouco mais do que o dobro, porém posso estar sendo um escritor e escrevendo sobre um amigo mais do que a mim mesmo, o fato é 1- o que vivi em minha juventude me fez ser o que sou hoje, errado ou não, sou o que sou graças a isso, logico que minha inteligencia ajudou muito, mas se não fizesse cada coisa que fiz não seria o que sou. 2- Escritores são mentirosos.
segredo 2 revelado.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
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